Maturidade e Independência Intelectual

Por Levi Costa

É quase certo, na maioria das vezes, que a pessoa vai vê e vai entender aquilo que ela mesma quer crê. Isso se dá pelo desejo, mesmo inconsciente, em querer validar a própria fé pessoal. De igual modo, a pessoa não consegue vê, ou pode não querer vê, aquilo que julga ser oposto às suas próprias crenças. Daí, a recusa automática em não aceitar ou não querer entender do que realmente se trata.

Mas, na verdade, a maioria das pessoas nutre um certo medo daquilo que não conhece e, consequentemente, não entende no momento. Por isso, se faz necessário o devido conhecimento para, então, poder se posicionar pautado num real entendimento dos fatos.

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Por outro lado, um sistema predefinido pode ser baseado em uma estrutura organizada, tipo política ou religiosa, onde conceitos, ideologias, valores ou crenças são formulados e definidos para serem adotados e defendidos pelo grupo que compõe aquele sistema específico.

O sistema limita o pensar pessoal do indivíduo na sua própria concepção dos fatos. Assim, a pessoa deixa de ser quem, de fato, ela é em sua essência passando a ser apenas uma extensão do sistema. Por isso, a melhor definição para a prisão mental ou intelectual chama-se: sistema.

Mas é possível também que a concepção da realidade como entendimento pessoal de um indivíduo seja, para este, um sistema fechado de seus próprios conceitos, ideologias, valores e crenças como resultado de tudo aquilo que ele absorveu ao longo de sua vida em sua formação intelectual.

Certo é que poucos são aqueles de mente aberta que buscam examinar e entender outras possibilidades além das suas próprias ou da organização a qual pertençam. Esse é um sinal de maturidade e independência intelectual de quem não vive aprisionado em um sistema fechado de coisas, seja esse sistema qual for.