O Quê e o Porquê

O homem pensa, avalia e argumenta na tentativa de entender a natureza das coisas e o próprio sentido da vida, por isso, as duas principais palavras do vocabulário humano na busca de entendimento, são: o quê e o porquê.

O Criador, Um Ser Indescritível Pela Mente Humana

quarta-feira, 21 de abril de 2021

Cristianismo, a Religião Cristã

Por Levi Costa


Quando um religioso cristão diz que o problema não é simplesmente morrer e sim morrer sem Cristo, na verdade, o que ele, indiretamente, está dizendo é que o problema é morrer sem uma religião, a saber, a religião a qual ele próprio pertence, ou seja, o Cristianismo.

Mas esse mesmo religioso contesta isso dizendo que a fé em Cristo não é uma religião, é uma pessoa, a saber, o próprio Cristo. Então, diante dessa afirmação, a pergunto a essa pessoa é a seguinte: "você é um cistão?" É certo que a resposta imediata é: sim, eu sou um cristão! Mas essa resposta, quase sempre, é acompanhada de uma observação que ele faz, esta: "mas eu não sou um religioso, sou um seguidor de Cristo!"...
Continua...

Porém, essa conclusão não está correta, pois o termo "cristianismo", é uma associação do sufíxo "ismo" com uma derivação do título "cristo" como prefíxo, trazendo, assim, a definição do termo Cristianismo, e isso com o exato sentido religioso desse termo, tal como, por exemplo, induísmo, judaísmo, islamismo, entre tantos outros ismos religosos existentes.

Outra prova disso, é a doutrina fundamental do Cristianismo, a saber, "a ressurreição de Cristo", cuja crença na mesma é condição "sine qua non" para a sua existência enquanto religião que é. Assim, a crença na ressurreição de Cristo tornou-se a espinha dorsal doutrinária que fundamenta o Cristianismo na condição de religião e, portanto, sem isso o mesmo não se sustentaria como tal, ou seja, como religião que, de fato, é o Cristianismo.

Historicamente, o Cristianismo surgiu como sistema religioso com o Imperador romano, Constantino I, quando este disse ter tido uma suposta visão de uma cruz com o seguinte dizer: "com este símbolo vencerás", como ele estava preste a partir para uma guerra, ordenou que uma cruz fosse pintada em todos os escudos dos soldados romanos, isso por concluir tratar-se de um sinal para a sua vitória na guerra, o que, de fato, aconteceu.

Assim, ao retornar vitorioso da guerra, Constantino acreditou que fora o deus cristão quem lhe dera tal sinal, por isso ele, supostamente, se converteu em cristão vindo, inclusive, a ser batizado, embora o memso nunca tenha deixado de ser um pagão. Assim, Constantino adotou o movimento cristão, que era considerado uma seita, como "religião oficial do Império Romano", fazendo da cruz, que teria presenciado em sua visão, o símbolo maior da nova religião do Império, o Cristianismo.

Mas isso só veio a se consolidar, de fato, com um concílio da cúpula dos maiorais da religião cristã, que ocorreu na Cidade de Nicéia no ano 325 d.C., o famoso "Concílio de Nicéia", concílio este convocado e presidido pelo próprio imperador Constantino para tratar exclusivamente de assuntos de caráter doutrinário/teologico, o que veio a ser o primeiro de muitos outros Concílios que definiram doutrinariamente o Cristianismo como Sistema Religioso.

Assim, o cristão é, por definição, um religioso, pois ele faz parte de um sistema religioso denominado, Cristianismo, do qual o cristão é um adepto e praticante, portanto, um religioso cristão. Via de regra, isso se aplica, igualmente, a qualquer outra religião, pois todas elas existem dentro desse mesmo conceito religioso, como, por exemplo, no caso do religioso judeu, que é aquele que pratica o judaísmo, o religioso islâmico, aquele que pratica o islamismo, o religioso indú, que pratica o induísmo, entre tantos outros.

Por fim, a conclusão óbvia, pelo exposto aqui, é que o Cristianismo é, de fato, um sistema religioso e os seus praticantes são, obviamente, os religiosos cistãos. Este é, portanto, o Cristianismo, a religião cristã. É isso!

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