A inquisição Católica era uma Instituição criada na Idade Média pelo Papa Gregório IX, no século XIII. Destinava-se a combater várias heresias que punha em causa a legitimidade tanto do poder eclesiástico como do poder civil. Instalou-se na Espanha, Alemanha, França, Portugal e Itália.
A Inquisição durou 588 anos deixando um rastro de milhões de torturados, assassinados, decapitados, enforcados, empalados, queimados vivos e mulheres estupradas...
Os ramos da cristandade que se sucederam a partir da Igreja Católica trouxeram em si certos traços da "igreja mãe" (como também é chamada), a começar por Martinho Lutero, o pai do protestantismo, que seguiu o modus operandis do papado, como um papa no segmento religioso que ele iniciou. Por exemplo, em seus “Comentários ao Salmo 80", Lutero aconselhava aos governantes que aplicassem a pena de morte a todos os hereges.
Dos líderes católicos Lutero dizia: se castigamos os ladrões com a forca, os assaltantes com a espada, os hereges com a fogueira; por que não atacamos com armas, com maior razão, a esses mestres da perdição, a esses cardeais, a esses papas, a todo esse ápice da Sodoma romana, que tem perpetuamente corrompido a Igreja de Deus, lavando assim as nossas mãos em seu sangue?”
Sobre os judeus, assim Lutero dizia em suas famosas “Cartas sobre a Mesa”: “Quem puder que atire-lhes enxofre e alcatrão; se alguém puder lançá-los no fogo do inferno, tanto que melhor. Sejam-lhes confiscados seus livros de orações e talmudes, bem como toda a sua Bíblia. Proíba-se seus rabinos de ensinar, sob pena de morte, de agora em diante. E se tudo isso for pouco, que sejam expulsos do país como cães raivosos”. E isto deve ser feito em honra de Nosso Senhor e do Cristianismo. Sejam suas casas despedaçadas e destruídas.
Certo pastor alemão disse: "Hitler não teria sido possível sem Martinho Lutero". Não por causa de Lutero, é claro! mas as suas palavras não deixaram de pesar. Inclusive, Hitler disse que só estava terminando aquilo que o catolicismo e o luteranismo começaram.
Melanchton, o teólogo luterano da Reforma, e presidente da inquisição protestante, apresentou um documento, em 1530, no qual defendia o direito de repressão à espada contra os anabatistas. Lutero acrescentou de próprio punho uma nota em que dizia: “Isto é de meu agrado”. Os anabatistas não reconheciam Lutero como seu líder. Só na chamada noite de São Bartolomeu, no sul da Alemanha, foram mortos, com o consentimento de Lutero, cerca de cem mil anabatistas.
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